São Cirilo de Jerusalém, ao instruir os catecúmenos, escreveu: "O dragão está sentado à beira do caminho, vigiando os que passam. Cuidado para que ele não te devore. Vamos ao Pai das Almas, mas é preciso passar pelo dragão.” Não importa a forma que o dragão possa tomar, é dessa misteriosa passagem por ele, ou em suas mandíbulas, que histórias de qualquer profundidade sempre se preocuparão em contar e, sendo esse o caso, exige considerável coragem a qualquer momento, em qualquer país, para não se afastar do contador de histórias.
Flannery O’Connor, “Mysteries and Manners: Occasional Prose”
